Comparações entre jogadores

Primeiramente já deixo bem claro que considero toda e qualquer comparação entre jogadores como algo complicado, imparcial e desnecessário.


Cada um possui qualidades distintas, e às vezes, para piorar a situação, comparam jogadores de épocas diferentes, muitas vezes sem levar em consideração aspectos importantes, como o tipo de treinamento físico utilizado em cada época, para ficar em apenas um exemplo.

Como comparar Pelé e Maradona, se cada um possuia características diferentes? Dieguito tinha a perna esquerda melhor que a de Pelé, porém o Rei podia contar com as duas pernas, além do cabeceio, que o argentino (até pela estatura) nunca foi nenhum destaque.

Como comparar Neymar e Messi? Pela capacidade de driblar? Pela objetividade?

Na idade de Neymar, Messi já estava na Europa, enfrentando zagueiros com características (e qualidades) diferentes dos que Neymar têm enfrentado até o momento no Brasil. Porém está circulando na internet um comparativo entre o Neymar e Messi com a mesma idade, e o brasileiro ganha no quesito “jogos disputados x gols feitos”.

Mas só conta-se os gols para considerar um jogador como craque?? Ademir da Guia, o Divino, para mim é um dos maiores craques da história do futebol brasileiro, e tem menos gols em sua carreira que o trombador caneludo Serginho Chulapa. Então Chulapa é mais craque que Da Guia? NEM EM SONHO!

O Neymar está em evidência, e isso faz com que muita besteira seja dita/escrita, até pela natural exploração midiática que é feita sobre ele.

Se tentarmos encontrar um meio termo, por um lado não podemos (ainda) considerar Neymar no mesmo patamar de Messi, até porque o argentino é o #1, e Neymar tem apenas 2 anos como profissional.
Por outro lado não tem como negar que ele é diferenciado. Tem DNA de craque, daqueles bem brasileiros mesmo, da ginga pura. O maior desafio é manter-se no mesmo nível, ou seja, permanecer enchendo os olhos da torcida com boas jogadas durante anos seguidos.
Já que sempre gostam de comparar os novos craques com Pelé, vale lembrar que o Rei jogou em alto nível por mais de uma década.

E isso, podem acreditar, não é para qualquer um.

@gilsonbernardo
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Fragmentos de Futebol: A origem!

A partir dessa postagem, pretendo regularmente utilizar este espaço para transcrever trechos de obras importantes sobre o futebol, como uma forma de difundir grandes trabalhos realizados sobre o esporte bretão, muitas vezes ignorado pelo grande público.
Cheguei a cogitar a idéia de criar um novo blog especificamente para essa finalidade, porém acredito ser possível mesclar meus “pitacos” com a divulgação de trechos que considero bastante relevantes para um melhor entendimento desse esporte que transcende o âmbito esportivo; futebol é mais do que um esporte, futebol é um microcosmo da sociedade, como classificado pelo Prof. Hilário Franco Jr. na obra “A dança dos deuses: Futebol Sociedade e Cultura”.(São Paulo : Companhia das Letras, 2007)

E para a primeira postagem nada melhor do que aquele tido por muitos como o maior estudo sobre as origens do futebol no Brasil, o livro “O negro no futebol brasileiro”, do genial Mario Filho.

Espero que gostem e aproveitem esses trechos, que doravante chamarei de Fragmentos de Futebol.

No Fragmento abaixo, Mario Filho expõe algumas diferenças entre dois dos maiores (senão os maiores) jogadores do nosso país: Pelé e Garrincha.



“Não havia beque ou alfe* que não quisesse tirar a carteira de ídolo de Pelé e de Garrincha. Subitamente os dois foram transformados numa espécie de inimigos públicos número um dos companheiros de profissão. Eram caçados à ponta de chuteira em todos os jogos.


Garrincha não reagia. Levava o pontapé como se fosse uma trouxa. Caía a dois metros, já embrulhado, depois é que apalpava as pernas para ver se tinha alguma coisa quebrada. Não tinha, levantava-se e nem olhava para quem lhe metera o pé. Só algumas vezes, recebendo uma pancada mais forte, para quebrar mesmo, é que erguia os olhos mansos, como se perguntasse:


- Que é que lhe fiz?


(...)


Pelé reagia. Depois de derrubado, como se uma foice o tivesse decepado, erguia-se de um salto. E olhava o pistoleiro do outro time bem no fundo dos olhos, quando não revidava logo.


Tinha de reagir. O pai dele, Dondinho, ficara marcado, no joelho, para o resto da vida, justamente quando ia alçar o vôo como jogador. Pelé não esquecia o horror da mãe pelo futebol que fizera o marido sofrer. A missão dele era reabilitar o futebol aos olhos da mãe. Dar ao pai a fama que nunca tivera."



Nota: * "alfe" era a maneira como eram chamados os jogadores do meio de campo. Deriva de um abrasiliamento da palavra inglesa center-half (meio de campo)

O negro no futebol brasileiro / Mario Filho (Páginas 332 e 333)
Rio de Janeiro : Mauad, 2003. 5ª edição, 2010
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Curso de Jornalismo Esportivo na ACEESP

Tive o privilégio de participar, no dia 26 de abril, do CURSO DE JORNALISMO ESPORTIVO realizado pelo portal Comunique-se na sede da ACEESP (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo).


O palestrante foi Erick Castelhero, Editor Executivo do site Gazeta Esportiva.Net, profissional que atua há mais de duas décadas no jornalismo esportivo, e que atualmente é vice-presidente da ACEESP.

O curso abordou os principais aspectos da crônica esportiva, técnicas de texto, pauta, produção, apuração e edição, tudo mesclado a relatos de experiência desse jornalista que já participou da cobertura de importantes eventos esportivos, como Copas do Mundo de Futebol e Olimpíadas.

Tivemos também a participação especial de Olivério Jr, que já atuou como repórter da Rede Bandeirantes e que agora desempenha a função de Assessor de Imprensa, tendo dentre outros clientes Andrés Sanchez, atual presidente do Corinthians.

Após o curso, os alunos organizaram um grupo na internet com o intuito de trocar informações e manter contato profissional. Existe inclusive a intenção de criar um blog sobre esportes, que contará com a participação de todos os interessados.
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Somente ataque não resolve!

O ataque do Santos joga sozinho. A criação começa com Elano, passa pelo Ganso que, apesar da falta de ritmo, consegue distribuir a bola ao ataque com qualidade. Neymar como sempre muito bem marcado, divide com Zé Love a obrigação de finalizar, e geralmente consegue fazer o(s) gol(s).


Mas para cada gol feito pelo ataque, o sistema defensivo toma um ou dois gols. Aí fica complicado.

Ontem o ataque não funcionou como deveria, desperdiçou chances, mas contou com a sorte no chute de Elano, além do brilho da dupla Ganso & Neymar na conclusão do segundo tento.

Porém os 3 gols tomados em menos de 15 minutos arrebentam com qualquer planejamento.

Martellote errou ao não ter colocado 3 avantes antes da saída de Ganso. A entrada de Keirrison sem um meia para armar não deu resultado algum.

O erro em dose dupla no terceiro gol comprometeu totalmente a partida. Possebom, que já está sendo tuitado pela torcida como #Posseruim não subiu junto com o chileno Scotti, e Rafael deixou a bola passar entre suas mãos. Libertadores não perdoa este tipo de erro.

O Santos precisa mostrar mais ímpeto na marcação, senão de nada adiantará o ataque fazer gols. Faz um e toma dois. Faz dois e toma três. Assim não dá!

Detalhe: A dupla de ataque do Colo-Colo é perigosa! Para o jogo de volta na Vila Belmiro será necessário anular Paredes e Miralles, ou ficará bem difícil para o Peixe seguir na competição.

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A paixão dos ingleses pelo futebol

Inventores daquilo que conhecemos atualmente por "futebol", os ingleses realmente vivem o esporte, e respiram futebol 24 horas por dia.

O país possui o maior número de clubes de futebol profissional do mundo, sendo que apenas em Londres existem 13 representantes nas quatros principais divisões inglesas.

Abaixo o link para uma matéria da ESPN sobre a paixão dos londrinos pelo futebol, que para eles é religião!

http://migre.me/42HJU
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O Maestro voltou!

Após quase sete meses afastado dos gramados, o meia Paulo Henrique Ganso voltou a atuar no último sábado, dia 12, na vitória do Santos por 2x1 contra o Batafogo/SP.
Considerado uma das maiores revelações dos últimos anos do futebol brasileiro, PH Ganso recuperou-se de cirurgia realizada no joelho em agosto de 2010.

E voltou em grande estilo, jogando de forma clássica, com passes e lançamentos perfeitos, característica desse jogador que enche os olhos de quem gosta de um futebol bem jogado.
Quem assistiu a partida de sábado na íntegra notou a clara diferença do time santista no primeiro tempo, sem Ganso, e posteriormente na etapa complementar.

Além de ajudar melhorando a qualidade no meio de campo, a presença de Ganso é um fator de motivação para o restante do elenco, inclusive para o atacante Neymar, que faz dupla com PH no comando de ataque santista.

Na próxima quarta-feira o Santos necessitará do talento da dupla de "meninos" para a partida contra o Colo-Colo, lá no Chile.
Esta será a partida mais importante do Santos nesse começo de temporada, pois pode definir o destino dos alvinegros na continuidade da Liberdadores da América.

Será que Ganso irá mais uma vez comandar a orquesta santista?
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Paulistão 2011 pegando fogo!

O estadual paulista de 2011 é com certeza o mais concorrido dos últimos anos.
Pela 2ª rodada consecutiva os 4 grandes do estado dividem a liderança com a mesma pontuação.

É óbvio que a Federação Paulista está adorando essa situação, já que o ideal para os cartolas é que o campeonato mantenha a audiência lá em cima, e time do interior liderando campeonato não é o mais interessante para as cifras milionárias pretendidas pelos mandatários da federação.

Infelizmente hoje em dia os times do interior são meros coadjuvantes, vez por outra liderando a competição somente quando os grandes estão com o foco em outras competições.
Quando focam apenas no estadual, os pequenos sofrem vertigionosa queda na classificação.
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